(PUBL. 11/09/2024 - JORNAL 'O LIBERAL REGIONAL', P. 02))

- Prof. Me. Pedro César Alves 

MINERAR OU NÃO CRIPTOMOEDAS?

Estas últimas colunas venho escrevendo sobre criptomoedas (claro que não sou 'um expert' no assunto, mas gosto de pesquisar sobre – e é assim que deve proceder no mundo dos negócios), e falando deste mundo, é sabido que a volatilidade é altíssima, além de outros aspectos – e o emocional pesa muito (ganha-se rapidamente, como também se perde rapidamente).

No texto de hoje a abordagem é sobre a mineração de criptomoedas – e você sabe o que é minerar criptomoedas? Então vamos ao que interessa – a mineração de criptomoedas é o processo de validação e inclusão de novas transações na blockchain, uma espécie de livro contábil público que registra todas as operações realizadas com determinada criptomoeda. Esse processo é fundamental para garantir a segurança e a descentralização das redes blockchain. Ou seja, quem já esteve num escritório de contabilidade sabe do que estou a falar... (E como dava – e ainda dá trabalho fazer o processo, porque precisa 'zerar' – bater certinho os cálculos, nem sobrar nem faltar.)

E, pensando / sabendo mais um pouco... o funcionamento se dá por pessoas que são chamadas de mineradores, e estes utilizam poderosos computadores para resolver complexos problemas matemáticos. Ao encontrar a solução para um desses problemas, o minerador adiciona um novo bloco à blockchain e, em troca, recebe uma recompensa em criptomoedas. Simples? Claro que não... Para se ter estes 'poderosos' computadores / ou equipamentos próprios para, há o emprego de muito capital (tanto em equipamentos, como em energia).

Neste mundo de mineração há vantagens e desvantagens. Vantagens: descentralização (a mineração contribui para a descentralização das redes blockchain, tornando-as mais resistentes a ataques e falhas), segurança (o processo de mineração garante a segurança das transações, evitando fraudes e duplicações), recompensas (os mineradores podem obter lucros significativos ao encontrar novos blocos), inovação (a mineração impulsiona o desenvolvimento de novas tecnologias e hardware). Desvantagens: consumo de energia (o processo de mineração é extremamente consumidor de energia, o que pode gerar impactos ambientais significativos), custo elevado (o investimento inicial em equipamentos e software pode ser alto, além dos custos com eletricidade), competitividade ( o mercado de mineração é altamente competitivo, o que pode dificultar a obtenção de lucros para pequenos mineradores), volatilidade do mercado (o valor das criptomoedas pode flutuar significativamente, o que pode afetar a rentabilidade da mineração), regulamentação (a mineração de criptomoedas está sujeita a regulamentações cada vez mais rigorosas em diversos países). E chega-se à pergunta final: é lucrativo minerar criptomoedas?

E a resposta é: depende. Ou seja, a lucratividade da mineração depende de diversos fatores, como o valor da criptomoeda, o custo da energia, a dificuldade da rede e o poder de processamento dos equipamentos. Em alguns casos, a mineração pode ser altamente lucrativa, mas é importante lembrar que o mercado de criptomoedas é volátil e os riscos são elevados.

Sendo assim, antes de iniciar a mineração, é fundamental realizar uma pesquisa completa sobre o assunto e avaliar cuidadosamente os prós e contras. É recomendado buscar informações sobre o hardware necessário, o consumo de energia, as taxas de hash e a rentabilidade estimada. E, não deixando de lado, um 'computador de mesa / notebook' pode fazer o trabalho... que, por sinal, vai durar tempo... – mas vale para o conhecimento.

E, fechando estas linhas – e não fora de tempo, nos dias de hoje temos a mineração nas nuvens – que não usa o seu equipamento (e tem um custo a se pensar, dependendo das situações). Por curiosidade, também temos alguns Apps que podem ser baixados a partir do Play Store e instalados no celular – que também mineram em 'nuvens' – mas deve se ter muita atenção para o uso desses Apps (pela certificação dos mesmos) – alguns você dá um click de 24 em 24 horas, e está tudo certo: minerando uns míseros centavinhos ao mês – mas você poderá dizer que é 'um minerador'!

(PUBL. 04/09/2024 - JORNAL 'O LIBERAL REGIONAL', P. 02))

- Prof. Me. Pedro César Alves

HALVING DAS CRIPTOMOEDAS

Você – que gosta de mercado financeiro – já deve ter ouvido falar em 'Halving' (e, mesmo que não goste, já deve ter ouvido também – pelo menos eu penso que sim a partir do conceito de ler ou ouvir bons comentaristas de jornais, seja este escrito ou falado). Antes de entrar no termo – é de se pensar: nós, brasileiros, 'não temos uma formação chamada Educação Financeira' – pouquíssimos têm, que é de penar/pesar em nossos ombros, pois dinheiro não é um mal, como muitos comentam.

Nossos pais – em sua grande maioria, afirmavam que o dinheiro era a raiz de todo mal, e crescemos ouvindo... – e não é a verdade. O dinheiro é um bem necessário. Só se faz necessário saber usá-lo. A maioria de nossos pais tinha uma mente sobre a questão chamada 'dinheiro' que os fizeram permanecer na pobreza (e esta pobreza aliada à religião / humildade, porém 'os de cima' sempre cresceram, os de baixo não – e para um bom entendedor, entendido está!).

Então, o Halving é um evento crucial no universo das criptomoedas, especialmente para o Bitcoin. É um termo técnico, mas com uma explicação simples e um impacto significativo no mercado. Para falar sobre o Halving de forma clara temos que ter em mente: definição e objetivo. Por definição, o Halving é um evento programado que ocorre a cada quatro anos, aproximadamente, nas redes de algumas criptomoedas, como o Bitcoin. Nessa data, a recompensa em novas moedas que os mineradores recebem por validar as transações é reduzida pela metade. E o objetivo principal do Halving é controlar a inflação e garantir a escassez das moedas digitais. Ou seja, ao diminuir a produção de novas moedas, a ideia é manter o valor da criptomoeda estável ou até mesmo aumentá-lo.

Entendendo melhor: imagine uma fábrica de determinado produto – imaginou? A cada dia, a fábrica produz uma certa quantidade de produtos. De quatro em quatro anos, a fábrica decide produzir apenas metade da quantidade de produtos. Assim, os produtos se tornam mais raros e valiosos. O Halving é algo parecido, só que com moedas digitais. Fácil, não?

É interessante sabermos que até o momento o Bitcoin passou por três eventos de Halving. O primeiro aconteceu em 28 de novembro de 2012, reduzindo a recompensa por bloco de 50 BTC para 25 BTC. O segundo Halving aconteceu em 9 de julho de 2016, diminuindo a recompensa para 12,5 BTC por bloco. O terceiro Halving aconteceu em 11 de maio de 2020, reduzindo a recompensa para 6,25 BTC por bloco. O quatro Halving espera-se que ocorra ainda este ano, reduzindo a recompensa para 3,125 BTC por bloco (sem data exata ainda, pois depende da taxa de mineração da rede).

E quando acontece o Halving, há algumas consequências, como aumento da demanda (redução da oferta, a demanda por essas moedas pode aumentar, elevando potencialmente o seu preço), diminuição da recompensa dos mineradores (os mineradores, responsáveis por validar as transações, recebem menos moedas como recompensa, o que pode afetar a sua rentabilidade) e maior segurança na rede (a diminuição da recompensa pode levar a uma maior centralização da mineração, o que pode comprometer a segurança da rede). É crucial lembrar que o Halving é um evento programado e automático no código do Bitcoin. A cada 210.000 blocos minerados, aproximadamente a cada quatro anos, a recompensa é reduzida pela metade – estamos próximos...

E, ao pesquisarmos sobre o assunto, notamos nos gráficos que o momento do evento está próximo. E quem gosta de criptomoedas pode aproveitar a 'onda para surfar'. Nos últimos quinze dias os preços das criptos despencaram (quem segue o mercado, aproveitou bem) – mas ainda há tempo de comprá-las. Nesta semana, observando os gráficos, os preços das criptos começaram a subir, a 'valorizar', a voltar para os seus respectivos preços e, provavelmente, 'alçar voos' – (observação: não é recomendação, pois ganhos passados não representam garantia de ganhos futuros).

A dica é esta (e dica não é recomendação – cada um age como bem entende): se tiver um dinheirinho 'sobrando' compre algumas criptos – na baixa ainda, e em breve poderá se tornar um sortudo (com a valorização das mesmas). E, para comprar, leia bons artigos, vídeos, pesquise e – com certeza, não sofrerá decepção. 

(PUBL. 29/08/2024 - JORNAL 'O LIBERAL REGIONAL', P. 02))

- Prof. Me. Pedro César Alves

FINANÇAS - UMA MONTANHA-RUSSA

Estava a pensar em finanças, a pesquisar sobre as tais criptomoedas que trago comigo... E, de repente, resolvi escrever sobre a questão que mexe em nossos bolsos: a oscilação da Bolsa de Valores (apesar de muitos não saberem a importância da BV – B3 / Brasil, e por um simples fato: o Brasil, como muitos países, não tem uma forte Educação Financeira aos nossos educandos, mas – vale dizer que aos poucos o Sistema Educacional vem apresentando aos jovens o conceito de Educação Financeira – e o Estado de SP já trata em seu Currículo Educacional o tema).