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EDITORIAL (Semana de 08/11/2025)

NOVOS HORIZONTES

Quando para e vejo o Folhetim 'quase fechado', aguardando apenas o Editorial, leio os textos e fico a pensar: 'O que abordar no Editorial?' - e a resposta vem: 'Um pouco de cada texto exposto nas páginas a seguir...' - e assim faço.

Na vida há momentos que exige de nós um movimento corajoso: olhar na mesma direção. Essa direção, no entanto, não é para frente no sentido de uma fuga, mas sim a um novo horizonte que só se torna visível quando se opta por deixar um passado para trás. Não se trata de negação, mas de uma escolha deliberada de abandonar os fardos desnecessários – o "deixar para depois" (ou não), que tanto adia a nossa verdadeira jornada. A estagnação surge, muitas vezes, da recusa em reconhecer que, mesmo que nem todo leão seja fera, a ausência de um posicionamento ou de uma atitude verdadeira causa um vazio profundo.

Só consigo a transformação 'olhando para a raiz' de toda crise. Não posso temê-las, tenho que enfrentar, rompendo com determinadas ideias, com determinados problemas. A chave para a superação está na conversa, no diálogo franco — seja olhando para o meu 'eu' ou para o próximo. Somado a isso, é preciso desmistificar as crenças limitantes. A primeira é a de um poder superior que restringe: 'Deus não é limitado' - mas para tudo depende do 'querer fazer'; a segunda é a da falência intrínseca do ser humano: 'O ser humano não é pecador' - mas um ser em constante (e fascinante) evolução.

A vida, em toda a sua complexidade, é fascinante, em cada detalhe. Ser autêntico é uma condição radical para abraçar essa fascinação! Precisamos 'tirar' as máscaras, rejeitar os papéis impostos pela sociedade - precisamos confrontar a própria verdade. E por um motivo: a vida é um sussurro no espelho que o tempo vai apagando, uma efemeridade que só ganha sentido pleno quando vivida sem filtros - e realmente vivida! - com todas as opções.

Fechando estas palavras / ideias - que as busquei nos textos a seguir, a queda pode ser o ponto de partida - sim! Não importa quão difícil seja o momento, a verdade é que, caído ao chão, sempre fica a sementinha de um novo começo. O passado está encerrado; as crises foram o catalisador e a autenticidade, a ferramenta. Melhor, o futuro não é uma repetição, mas uma colheita totalmente nova. É preciso enfrentar a crise com diálogo e fé, e ao viver sem o peso das máscaras, essa semente, inevitavelmente, gerará novos frutos. É tempo de caminhar na direção da luz, carregando apenas a essência e a promessa de um futuro autêntico, sem limites. Sim, sem limites! Pense!

redacao@aracatubaeregiao.com.br

O EDITOR

Prof. Pedro César Alves (MTB 71.527 - SP / CMAC Nº 00014 -Araçatuba/SP)